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16 outubro, 2009

Ser Mãe.....


Certo dia, uma mulher chamada Ana foi renovar a sua carta de condução. Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou... Não sabia bem como se classificar.
O funcionário insistiu:
- O que eu pergunto é se tem uma ocupação, um trabalho?
- Claro que tenho um trabalho, exclamou Ana, sou Mãe.
- Nós não consideramos isso um trabalho. Vou pôr “dona de casa”, respondeu o funcionário friamente.
Uma amiga da Ana, a Marta, soube do que se passara e, durante algum tempo, meditou no assunto. Num determinado dia, encontrou-se em situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente.
A primeira pergunta foi:
- Qual é a sua ocupação?
Marta pensou um pouco e, sem saber bem como, respondeu:
- Sou doutora em desenvolvimento infantil e relações humanas.
A funcionária fez um ar de estupefacção e Marta repetiu, palavra por palavra, a sua afirmação.
Depois de ter anotado tudo, a funcionária ousou perguntar:
- Posso saber o que a senhora faz exactamente?
Sem qualquer hesitação, em tom firme, com muita calma, a Marta explicou:
- Desenvolvo um programa a longo prazo, dentro e fora de casa...
E, pensando na sua família, ela continuou:
- Sou responsável por uma equipa e já recebi quatro projectos. Trabalho em regime de dedicação exclusiva. O grau de exigência é de 14 horas por dia, por vezes, mesmo de 24 horas.
À medida que ia descrevendo as suas responsabilidades, Marta notou um crescente respeito na voz da funcionária, que preencheu todo o questionário com os dados fornecidos.
Quando chegou a casa, Marta foi recebida pela sua equipa: três meninas de 13, 7 e 3 anos. Subindo ao andar de cima da casa, ouviu o seu mais jovem projecto, um bebé de 6 meses, a ensaiar um conjunto de novas sonoridades.
Feliz, Marta tomou o seu bebé nos braços e pensou na glória da maternidade, nas suas múltiplas responsabilidades e nas horas intermináveis de dedicação...
- Mãe, onde estão os meus sapatos?
- Mãe, ajuda-me a fazer os deveres...
- Mãe, o bebé não pára de chorar...
- Mãe, vais buscar-me à escola?
- Mãe, vais comigo à aula de ballet?
- Mãe, compra-me...
- Mãe...
Sentada na cama, Marta pensou:
- Se eu, sendo mãe, sou Doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas, o que serão as avós? E logo descobriu um título para elas: Doutoras-seniores em desenvolvimento infantil e em relações humanas. E as bisavós? Doutoras executivas-seniores. E as tias? Doutoras assistentes. E todas as mães, esposas, amigas e companheiras? Doutoras na arte de tornar a vida melhor.
E a história, de autor desconhecido, termina com um apelo: “Num mundo em que se dá tanta importância aos títulos, em que se exige sempre especialização nas mais diversas áreas profissionais, torna-te um(a) especialista na arte de amar”.
É assim a grandeza tantas vezes mal apreciada de ser Mãe. Para isso, não precisará de títulos académicos; mas, de certeza, que vai precisar cada vez mais dos conhecimentos das ciências humanas e da ciência do coração, da sabedoria e da generosidade, para se tornar uma especialista na arte de amar.
Construir um lar só dá para mulheres (e homens) que tenham descoberto a beleza do amor e a ponham acima de outros interesses na vida. Ser Mãe não implica que, a mulher deixe de ter acesso à cultura, ao saber, ao trabalho, à independência económica; mas, por favor, que tudo isso não relegue para um plano secundário a beleza do amor e a fonte de vida que traz em si.

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